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Capítulo 6: Capítulo 6

Página 98

- Meu filho, afliges-me muito. A Sibyl está sempre debaixo da minha vigilância particular. É claro, se este cavalheiro for rico, nenhuma razão ti para não a deixar contrair com ele uma aliança. Creio bem que pertence à aristocracia. Tem toda a aparência disso, devo dizer. Podia ser um esplêndido casamento para a Sibyl. Haviam de fazer um par encantador. Ele tem um porte deveras distinto; todos o notam.

O rapaz murmurou entre os dentes alguma coisa que a mãe não ouviu e pôs-se a tamborilar nas vidraças com os dedos grosseiros. Ia a voltar-se para dizer alguma coisa, quando de súbito se abriu a porta e entrou Sibyl.

- Que sérios estão! - exclamou. - Que é?

- Nada - respondeu ele. - Parece-me que uma pessoa pode uma vez ou outra estar séria. Adeus, mãe; quero jantar às cinco horas. Já está tudo na mala, menos as camisas, por isso não precisa de se incomodar.

- Adeus, meu filho - respondeu ela com uma vénia de forçada teatralidade.

- Beije-me, mãe - disse a rapariga. As pétalas dos seus lábios tocaram a face ressequida da velha e aquentaram-lhe a gelidez.

- Minha filha! Minha filha! - exclamou a Srs Vane, erguendo os olhos para o tecto, como que em busca duma imaginária galeria.

- Vamos, Sibyl - disse o rapaz, com impaciência.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 98

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313