- Meu filho, afliges-me muito. A Sibyl está sempre debaixo da minha vigilância particular. É claro, se este cavalheiro for rico, nenhuma razão ti para não a deixar contrair com ele uma aliança. Creio bem que pertence à aristocracia. Tem toda a aparência disso, devo dizer. Podia ser um esplêndido casamento para a Sibyl. Haviam de fazer um par encantador. Ele tem um porte deveras distinto; todos o notam.
O rapaz murmurou entre os dentes alguma coisa que a mãe não ouviu e pôs-se a tamborilar nas vidraças com os dedos grosseiros. Ia a voltar-se para dizer alguma coisa, quando de súbito se abriu a porta e entrou Sibyl.
- Que sérios estão! - exclamou. - Que é?
- Nada - respondeu ele. - Parece-me que uma pessoa pode uma vez ou outra estar séria. Adeus, mãe; quero jantar às cinco horas. Já está tudo na mala, menos as camisas, por isso não precisa de se incomodar.
- Adeus, meu filho - respondeu ela com uma vénia de forçada teatralidade.
- Beije-me, mãe - disse a rapariga. As pétalas dos seus lábios tocaram a face ressequida da velha e aquentaram-lhe a gelidez.
- Minha filha! Minha filha! - exclamou a Srs Vane, erguendo os olhos para o tecto, como que em busca duma imaginária galeria.
- Vamos, Sibyl - disse o rapaz, com impaciência.