Já se passou uma semana, e estou a terminar este depoimento sob a influência do que resta dos velhos pós. Como tal, esta é a última ocasião, a menos que haja um milagre, que Henry Jekyll pode pensar por si mesmo ou contemplar o seu próprio rosto (agora tão tristemente desfigurado!) no espelho. Nem me alongarei a terminar este escrito, já que, se a narração escapou até agora à destruição, tal se deve a uma combinação de uma enorme prudência e uma grande sorte. Se os espasmos da transformação me consumirem no acto de a compor, Hyde rasgá-la-á em pedaços; mas se tiver passado algum tempo depois de eu a ter posto de parte, o seu fantástico egocentrismo e o modo como se cinge ao momento, provavelmente, poupá-la-ão mais uma vez da acção do seu rancor simiesco. E, na verdade, a maldição que nos encerra a ambos já o transformou e esmagou.