»«Ouça bem, sahib», disse o mais alto e violento dos dois, o que se chamava Abdullah Khan. «Ou fica do nosso lado ou temos de o silenciar para sempre. A coisa é muito importante para hesitarmos. Ou se põe de alma e coração do nosso lado, jurando pela cruz dos cristãos, ou o seu corpo vai parar esta noite ao rio, e nós passamo-nos para o lado dos nossos irmãos do exército rebelde. Não há outra escolha. Que prefere, a vida ou a morte? Só lhe damos três minutos para decidir, porque o tempo vai passando e tudo tem de ser feito antes que volte a ronda.»
»«Como posso decidir?», disse eu. «Ainda não me disseram que querem de mim. Mas se é alguma coisa contra a segurança do forte não contem comigo. Podem matar-me à vontade.»
»«Não é nada contra o forte», respondeu ele. «Só lhe pedimos para fazer o mesmo que os seus compatriotas, ao virem para este país. Pedimos-lhe para se tornar rico. Se vier connosco esta noite, juramos-lhe, pelos três votos que nenhum sikh alguma vez quebrou, que terá a sua justa parte do saque. Um quarto do tesouro será seu. Não poderia ser mais justo.»
»«Mas que tesouro é esse?», perguntei. «Quero ficar rico, tal como vocês, mas têm de me mostrar como isso é possível.»