O Sinal dos Quatro - Cap. 12: 12 - A Estranha História de Jonathan Small Pág. 121 / 133

Havia também noventa e sete esmeraldas e cento e setenta rubis, alguns dos quais, porém, eram pequenos. Havia quarenta carbúnculos, duzentas e dez safiras, sessenta e uma ágatas, e uma grande quantidade de berilos, ónixes, olhos-de-gato, turquesas e outras pedras, de que não sabia os nomes exactos na altura, embora desde então esteja mais familiarizado com eles. Além disto, havia cerca de trezentas lindas pérolas, doze das quais num fio de ouro. A propósito; digo-lhes que este fio foi tirado do cofre e não estava lá quando o recuperei.

»Depois de termos contado tudo, voltámos a pôr o tesouro no cofre e levámo-lo para junto do portão. Mostrámo-lo a Mahomet Singh. Então, renovámos solenemente o nosso juramento, prometendo ficar sempre uns ao lado dos outros e fiéis ao nosso segredo. Concordámos em esconder o tesouro num local seguro, até que o país voltasse a estar em paz, dividindo-o então em partes iguais para cada um de nós. Não valia a pena dividi-lo naquela altura, pois se nos encontrassem com pedras de tal valor, isso levantaria suspeitas. Não havia privacidade no forte, nem qualquer lugar onde pudéssemos guardá-las. Levámos o cofre para a mesma sala onde enterráramos o corpo e, ali, debaixo de alguns tijolos da parede melhor conservada, fizemos um buraco onde pusemos o tesouro. Fixámos o lugar, e, no dia seguinte, desenhei quatro mapas, um para cada um de nós, e pus o sinal dos quatro em baixo, pois juráramos que cada um actuaria sempre em nome dos quatro para que ninguém ficasse prejudicado. Posso pôr a mão no peito e jurar que nunca quebrei este pacto.

»Bem, não vale a pena contar-lhes como terminou o motim indiano. Depois de Wilson tomar Deli e Sir Colin libertar Lucknow, a revolta estava sufocada. Chegaram novas tropas, e o próprio Nana Sahib escapuliu-se pela fronteira.





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