Allen.
Por conseguinte, esta acompanhou a patroa até ao quarto e procurou acalmá-la, Mrs. Douglas ficara muito excitada e a tremer, mas não fez qualquer tentativa para tornar a descer. Deixara-se ficar sentada, em camisa de dormir, ao pé da lareira com a cabeça entre as mãos.
Mrs. AlIen passara a maior parte dia noite na sua companhia. Quanto aos outros criados, já todos se tinham deitado e não tiveram conhecimento da tragédia, a não ser pouco antes da chegada da Polícia. Dormiam no extremo oposto do edifício e não lhes seria possível ouvirem fosse o que fosse.
A governanta não soube responder a outras perguntas, a não ser com lamentos e exclamações de espanto.
Mr. Cecil Barker sucedeu a Mrs. Allen como testemunha. Quanto aos acontecimentos da noite anterior, pouco tinha a acrescentar ao que já declarara à Polícia. Pessoalmente, estava convencido de que o assassino fugira pela janela. Visto a ponte se encontrar levantada, não havia outro meio possível de fuga. Não sabia explicar o que acontecera ao assassino, nem por que motivo este não levara a bicicleta se ela, de facto, lhe pertencia. De maneira alguma poderia ter morrido afogado no fosso cuja profundidade não ia além de um metro.
Concebera uma teoria muito definida a respeito do crime. Douglas era homem de poucas palavras e havia alguns capítulos da sua vida aos quais jamais se referira. Emigrara para a América, vindo da Irlanda, ainda muito jovem, e por lá prosperara bastante. Barker encontrara-o, pela primeira vez, na Califórnia, onde se tomaram sócios na exploração de uma mina bastante rendosa, num lugar chamado Benito Canyon. Foram bem sucedidos, mas, repentinamente, Douglas vendeu a sua parte e partiu para a Inglaterra.