O Vale do Terror - Cap. 14: Capítulo 7 – Birdy Edwards Cai na Armadilha Pág. 161 / 172

- Acha que ele já sabe muita coisa? - inquiriu com ansiedade.

- Já cá está, pelo menos, há seis semanas e não veio para admirar a paisagem. Se tem podido utilizar o dinheiro dos capitalistas, deve ter comprado muitas informações.

- Em todo o caso, nenhum de nós falou. Na loja, não existe um traidor... a não ser que o patife do Morris... Só ele poderia trair-nos. Vou mandar um dos nossos rapazes ferrar-lhe uma sova, antes de anoitecer. Com uns ossos partidos é capaz de confessar...

- Não vejo inconveniente nisso - respondeu Mac Murdo, - mas não creio que Morris se tenha atrevido a trair-nos. É demasiado covarde para tanto. Se for espancado, antes do anoitecer, o facto é capaz de chamara atenção da polícia. Morris deve estar em casa e tem lá a família... Hão-de gritar para pedirem socorro e dar-se-á um alarme geral… Ora, de qualquer modo, Morris é Irmão da Ordem… Mas o senhor é o chefe e só a si lhe compete decidir...

- Tenho de tratar da saúde àquele velho imbecil. Há um ano que ando a pensar nisso.

- Compreendo... Mas não seria melhor adiar isso para amanhã? Creio que seria melhor mantermo-nos tranquilos até resolvermos, esta noite, o caso da «Pinkerton». Convinha-nos não alertar a Polícia... antes de tempo.

- Tem razão, Mac Murdo. De resto, quando interrogarmos Birdy, ficaremos a saber quem diabo o informou. Tem a certeza de que ele não desconfia de uma cilada?

Mac Murdo soltou uma gargalhada.

- Nem pensar nisso. Caiu como um pato e já me deu algum dinheiro adiantado, por conta dos documentos que julga poderem dar-lhe uma boa pista dos Vingadores.

- Que documentos?

- Imaginários. Não existem, mas convenci-o de que possuo estatutos, regulamentos e fórmulas de admissão no bando.





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