- Estás enganada, Joana, estas vão ser muito boas. Aquele moço que aqui passou outro dia, não te lembras? Aquele moço alto, de cabelo preto e anelado...
- Ah! Já sei... O Sr Elias, aquele moço de Uberaba...
- Isso mesmo, Joana; ele também vai correr, e pediu a meu pai o cavalo rosilho.
- Oh! Aquele sim, que bonito cavaleiro não há-de ser! É um mocetão sacudido e muito bem parecido.
- Não achas, Joana, que é um moço bem bonito? Eu também gostei muito dele.
- É um figurão, e parece ser muito boa pessoa. É pena ser tão pobre.
- Quem te disse que ele é pobre? Você o conhece?
- Eu não; mas está se vendo, sinhazinha; nem um pajem, nem um camarada... ele só com seu cachorro, sua espingarda e sua mala na garupa... então gente rica anda assim?
- Ora, isso não quer dizer nada; há muita gente rica que anda assim por gosto.
- Não creia nisso, minha sinhá; está-se vendo que ele é mesmo pobre. Quem sabe se mesmo o cavalo em que anda não é emprestado!
- Arre lá! Joana – replicou a moça com um sorriso que não disfarçava o seu enfado. -também que nos importa que ele seja pobre ou rico; entretanto eu duvido que nessas cavalhadas apareça um cavaleiro mais bem feito e mais bonito.
- Ah! Sinhazinha! Está me parecendo que Vmcê. Ficou... não quero falar... não; Deus me defenda.
- Ficou o quê?... Joana; fala...
- Sinhazinha, não fica zangada com sua negra?
- Não, podes falar sem susto.
- Ficou mordida...
- Mordida! Não entendo.
- Pois se não entende,