A Guerra das Gálias - Cap. 9: LIVRO VII Pág. 170 / 307

Mas, quando chegaram ao Líger, que separa os Bitúriges dos Éduos, estas forças ali se detêm uns dias, depois, não ousando atravessar o rio, voltam para casa e contam aos nossos lugares-tenentes que foi o temor da perfídia dos Bitúriges que lhes fez arrepiar caminho, porque sabem que tinham a intenção, se passassem o rio, de as envolver, eles de um lado, os Arvernos do outro. Agiram assim pela razão indicada aos lugares-tenentes ou empurrados pela perfídia, eis o que não podemos estabelecer. Os Bitúriges, depois da sua partida, juntam-se imediatamente aos Arvernos.

VI - Quando estas notícias lhe chegaram à Itália (131), César vendo que a situação da Cidade, graças à firmeza de Pompeu (132'), tinha melhorado, partiu para a Gália Transalpina. Ali chegado, viu-se muito embaraçado quanto aos meios a tomar para alcançar o seu exército; porque, se mandasse vir as legiões à Província, via que no seu trajecto seriam levadas a combater sem ele; se fosse ao encontro do exército, sentia que, nas presentes circunstâncias, não podia confiar a sua vida com segurança aqueles que pareciam pacificados.

VII - Entretanto o cadurco Luctério, enviado aos Rutenos, ganha este Estado para os Arvernos. Avança para os Nitiobroges e para os Gábalos, recebe de um e de outro Estado reféns, e, tendo reunido uma grande força, empreende invadir a Província, na direcção de Narbona. A esta notícia, César pensou que antes de mais devia partir para Narbona. Uma vez lá chegado, tranquiliza aqueles que têm medo, coloca guarnições nos Rutenos que dependiam da Província, nos Volcas Arecómicos, nos Tolosates e em redor de Narbona, todas regiões limítrofes do inimigo; ordena a uma parte das suas tropas da Província e aos reforços que tinha trazido de Itália para se reunirem nos Hélvios, que estão próximos do país dos Arvernos.





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