O Vale do Terror - Cap. 6: Capítulo 6 – Uma Réstia de Luz Pág. 69 / 172

Que pensa desta teoria Mr. Holmes?

- Até aqui. Mac, considero-a muito clara. A minha conclusão é de que o crime foi cometido meia hora antes; que Mrs. Douglas e Mr. Barker engendraram uma história a fim de ocultar qualquer coisa; que ajudaram o assassino a fugir ou entraram na sala, antes de ele fugir, e que foram os autores da prova da sua retirada através da janela, quando, com toda a probabilidade eles próprios baixaram a ponte levadiça para permitir que se pusesse ao fresco. Esta é a minha interpretação da primeira parte do caso.

Os dois polícias abanaram a cabeça.

- Se isso é verdade, Mr. Holmes, saímos de um mistério para submergir noutro, - observou o inspector londrino.

- E esse segundo mistério é mais complexo e pior do que o primeiro - acrescentou White Mason. Mrs. Douglas nunca esteve na América. Que ligação podia ter com um assassino americano, a ponto de protegê-lo?

- Concordo que a minha teoria dá margem a objecções - concedeu Holmes. - Estou decidido, esta noite, a fazer uma pequena investigação pessoal para contribuir para a causa comum.

- Podemos ajudá-lo, Mr. Holmes?

- Não. Só preciso da escuridão e do guarda-chuva do Dr. Watson. E do fiel Ames. Todo o curso dos meus pensamentos me conduz à mesma pergunta básica... Como é possível a um atleta desenvolver o físico com um instrumento tão inadequado como um único haltere?

A noite ia avançada, quando Holmes regressou da sua excursão solitária. Dormíamos num quarto de duas camas, o melhor da pequena estalagem de província. Eu já dormia e despertei com a sua entrada.

- Então, Holmes - titubeei, - descobriu alguma coisa?

Aproximou-se em silêncio, com a vela na mão, e Inclinou-se sobre a cama.





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