Camões - Cap. 8: CANTO OITAVO Pág. 144 / 177

Rende-te Ormuz, Gerum, Mascate e Goa.

Tu, Malaca opulenta, em vão te assentas

Lá no grémio da Aurora onde nasceste;

Em vão embebes venenosas setas

No arco certeiro, e os crises refalsados

Com peçonhas mortíferas temperas:

Malaios namorados, Jaus valentes,

Todos ao luso vencedor sucumbem.

XIX

Medina abominável, Meca tremem

Co nome de Soares; as extremas

Praias de Abássia tremem. Cede a nobre

Ilha de Taprobana; hasteado impera

Luso pendão nas torres de Columbo.

XX

Sequeira, os dous Menezes, e tu, forte

Mascarenhas, depois vireis de glória

Colmar, a mais e mais, o pátrio nome.

Pelo famoso Heitor, Sampaio vence

Frotas arábias. Baçaim se entrega

Ao Cunha ilustre. Ergue os altos muros

Sousa da insigne Diu; Castro o forte

O honrado, o vencedor, o triunfante,

Castro os defende.





Os capítulos deste livro