O Vale do Terror - Cap. 9: Capítulo 2 – O Grão-Mestre Pág. 107 / 172

- Nada tenho contra si - murmurou Baldwin, esfregando, o pescoço.

Retomando imediatamente o seu tom de rude jovialidade. Mac Ginty propôs:

- Tornemo-nos bons amigos e ponhamos ponto final nesta questão.

Tirou de uma prateleira, uma garrafa de champanhe e fez saltar a rolha. Depois, encheu três taças e brindou:

- Bebamos contra as querelas entre membros da Loja. Bem sabem que não pode correr sangue entre nós. É da regra. «E neste momento, com a mão esquerda sobre o meu pomo de Adão – recitou, - pergunto-lhe, Ted Baldwin: qual é a ofensa?»

«- As nuvens estão carregadas» - respondeu Baldwin, com as palmas das mãos viradas para cima.

«- Mas desaparecerão para sempre!-

«- Eu o juro.

Os três homens beberam, repetindo-se a mesma cerimónia entre Baldwin e Mac Murdo.

- Muito bem - apoiou Mac Ginty. - Evitámos derramamento de sangue. Se isto tornar a acontecer, a disciplina da Loja entrará em acção. Como o irmão Baldwin já sabe e você, Mac Murdo, não tardará a saber, eu aqui, exerço a disciplina com mão de ferro. Não venha criar complicações.

Mac Murdo estendeu a mão a Baldwin, replicando:

- Estou sempre pronto para lutar, quando me desafiam, mas também estou sempre disposto a perdoar. Deve ser do meu sangue irlandês. Por mim, a questão está arrumada e não guardo qualquer rancor.

Baldwin teve de aceitar a mão que Mac Murdo lhe estendia, pois o olhar do conselheiro e grão-mestre mantinha-se atento às suas reacções.

Contudo, a expressão de Baldwin não conseguia esconder a fúria interior, corno se não tivesse sido sentido o juramento feito.

Mac Ginty bateu com as mãos nos ombros dos jovens e proferiu sonoramente:

- As moças! As moças criam problemas do diabo.





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