- Nada tenho contra si - murmurou Baldwin, esfregando, o pescoço.
Retomando imediatamente o seu tom de rude jovialidade. Mac Ginty propôs:
- Tornemo-nos bons amigos e ponhamos ponto final nesta questão.
Tirou de uma prateleira, uma garrafa de champanhe e fez saltar a rolha. Depois, encheu três taças e brindou:
- Bebamos contra as querelas entre membros da Loja. Bem sabem que não pode correr sangue entre nós. É da regra. «E neste momento, com a mão esquerda sobre o meu pomo de Adão – recitou, - pergunto-lhe, Ted Baldwin: qual é a ofensa?»
«- As nuvens estão carregadas» - respondeu Baldwin, com as palmas das mãos viradas para cima.
«- Mas desaparecerão para sempre!-
«- Eu o juro.
Os três homens beberam, repetindo-se a mesma cerimónia entre Baldwin e Mac Murdo.
- Muito bem - apoiou Mac Ginty. - Evitámos derramamento de sangue. Se isto tornar a acontecer, a disciplina da Loja entrará em acção. Como o irmão Baldwin já sabe e você, Mac Murdo, não tardará a saber, eu aqui, exerço a disciplina com mão de ferro. Não venha criar complicações.
Mac Murdo estendeu a mão a Baldwin, replicando:
- Estou sempre pronto para lutar, quando me desafiam, mas também estou sempre disposto a perdoar. Deve ser do meu sangue irlandês. Por mim, a questão está arrumada e não guardo qualquer rancor.
Baldwin teve de aceitar a mão que Mac Murdo lhe estendia, pois o olhar do conselheiro e grão-mestre mantinha-se atento às suas reacções.
Contudo, a expressão de Baldwin não conseguia esconder a fúria interior, corno se não tivesse sido sentido o juramento feito.
Mac Ginty bateu com as mãos nos ombros dos jovens e proferiu sonoramente:
- As moças! As moças criam problemas do diabo.