O Vale do Terror - Cap. 12: Capítulo 5 – O Inverno Negro Pág. 146 / 172

Em todo o caso, não se arrisque a ir de dia, porque esse diabo anda sempre armado e não se ensaia para abrir fogo, seja contra o que for.

«De noite só lá está com a mulher, três filhos e uma criada. Evidentemente, você terá de dar cabo de todos, ou de nenhum. Não podemos deixar testemunhas vivas. Se você conseguisse deixar-lhe à porta um bom saco com dinamite, com uma mecha lenta…

- Que fez esse Wilcox?

- Já lhe disse que matou Jim Carnaway.

- Porquê?

- Que raio lhe interessa saber isso? Jim acercou-se, de noite, da casa desse tipo e levou um balázio. É tudo quanto importa.

- E as duas mulheres e os três miúdos terão também de ser abatidos?

- Naturalmente. De outra maneira, como conseguirá você matá-lo sem correr o risco de vir a ser enforcado?

- Calma, Conselheiro! Não pretendo subtrair-me às ordens do grão-mestre da minha Loja. O senhor decide.

- Aceita a missão?

- Certamente.

- Quando vai executá-la?

- Convém-me estudar um plano de acção e vigiar a casa, durante duas noites.

- Muito bem - exultou Mac Ginty, apertando-lhe a mão. - Deixo tudo a seu cargo. Este último golpe porá todos os patrões de joelhos, prontos a pagarem o que exigirmos.

Mac Murdo reflectiu longamente nesta missão que tão inesperadamente lhe fora confiada.

A casa isolada de Chester Wilcox ficava a uma légua de distância, num vale adjacente. Na primeira noite, Mac Murdo foi estudar o local, para planear o ataque; na segunda, encontrou-se com os seus dois subordinados, Manders e Reilly, dois mocetões que se mostravam tão entusiasmados, como se se tratasse de uma caçada aos veados.

Finalmente, na terceira noite, reuniram-se fora da cidade, bem armados e com um saco de explosivos.





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