Ao sumo aceno
Parava o tempo, a imensidade, a vida
Dos mundos a escutar. Era esta a hora
Do julgamento desses que se alçavam,
À voz de cima, sobre as sepulturas?
XI
Era ainda a visão. Do templo em meio
Do anjo da morte a espada flamejante
Crepitando bateu. Bem como insectos,
Que à flor de pego pantanoso e triste
Se balouçavam — quando a tempestade
Veio as asas molhar nas águas turvas,
Que marulhando sussurraram — surgem
Volteando, zumbindo em dança doida
E, lassos, vão pausar em longas filas
Nas margens do paul, de um lado e de outro;
Tal o murmúrio e a agitação incerta
Ciciava das sombras remoinhando
Ante o sopro de Deus. As melodias
Dos coros celestiais, longínquas, frouxas,
Com frémito infernal se misturavam
Em caos de dor e júbilo.
Dos mortos
Parava, enfim, o vórtice enredado;
E os grupos vagos em distintas turmas
Se enfileiravam de uma parte e de outra.