Ao perpassar do veterano, os velhos
A mão que os protegeu apertam gratos;
Com amorosa timidez os moços
Saúdam-no qual pai. Nas largas noites
Da gelada estação, sobre a lareira
Nunca lhe falta o cepo incendiado;
Sobre a mesa frugal nunca, no estio,
Refrigerante pomo. Assim do velho
Pelejador os derradeiros dias
Derivam para o túmulo suaves,
Rodeados de afecto, e quando à terra
A mão do tempo gastador o guia,
Sobre a lousa a saudade ainda lhe esparze
Flores, lágrimas, bênçãos, que consolem
Do defensor do fraco as cinzas frias.
Pobre cruz! Pelejaste mil combates,
Os gigantes combates dos tiranos,
E venceste. No solo libertado,
Que pediste? Um retiro no deserto,
Um píncaro granítico, açoutado
Pelas asas do vento e enegrecido
Por chuvas e por sóis.