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Capítulo 10: A CRUZ MUTILADA

Página 111

Ao perpassar do veterano, os velhos

A mão que os protegeu apertam gratos;

Com amorosa timidez os moços

Saúdam-no qual pai. Nas largas noites

Da gelada estação, sobre a lareira

Nunca lhe falta o cepo incendiado;

Sobre a mesa frugal nunca, no estio,

Refrigerante pomo. Assim do velho

Pelejador os derradeiros dias

Derivam para o túmulo suaves,

Rodeados de afecto, e quando à terra

A mão do tempo gastador o guia,

Sobre a lousa a saudade ainda lhe esparze

Flores, lágrimas, bênçãos, que consolem

Do defensor do fraco as cinzas frias.

Pobre cruz! Pelejaste mil combates,

Os gigantes combates dos tiranos,

E venceste. No solo libertado,

Que pediste? Um retiro no deserto,

Um píncaro granítico, açoutado

Pelas asas do vento e enegrecido

Por chuvas e por sóis.

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pág. 111 (Capítulo 10)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 111

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106