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Capítulo 3: A ARRÁBIDA

Página 47

Lá o filho do pó se julga um nume,

Porque a Terra o adorou; o desgraçado

Pensa, talvez, que o verme dos sepulcros

Nunca se há-de chegar para tragá-lo

Ao banquete da morte, imaginando

Que uma lájea de mármore, que esconde

O cadáver do grande, é mais durável

Do que esse chão sem inscrição, sem nome,

Por onde o opresso, o mísero, procura

O repouso, e se atira aos pés do trono

Do Omnipotente, a demandar justiça

Contra os fortes do mundo, os seus tiranos.

XIII

Ó cidade, cidade, que trasbordas

De vícios, de paixões e de amarguras!

Tu lá estás, na tua pompa envolta,

Soberba prostituta, alardeando

Os teatros, e os paços, e o ruído

Das carroças dos nobres recamadas

De ouro e prata, e os prazeres de uma vida

Tempestuosa, e o tropear contínuo

Dos

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pág. 47 (Capítulo 3)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 47

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106