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Capítulo 4: MOCIDADE E MORTE

Página 64

E se aos pés de teu trono os ais não chegam;

Se os gemidos da terra os ares somem;

Se a Providência é crença vã, mentida,

Porque geraste a inteligência do homem?

Porque da virgem no sorrir puseste

Santo presságio de suprema dita,

E apontaste ao poeta a imensidade

Na ânsia de glória que em sua alma habita?

A imensidade!... E que me importa herdá-la,

Se na Terra passei sem ser sentido?

Que val eterno vaguear no espaço,

Se nosso nome se afundou no olvido?

O ANJO-DA-GUARDA

Ímpio, silêncio! A tua voz blasfema

Da noite a paz perturba.

Verme, que te rebelas

Sob a mão do Senhor,

Vês os milhões d’estrelas

De nítido fulgor,

Que, em ordenada turba,

A Deus entoam incessantes hinos?

Quantas vezes apaga

Do livro da existência

Um orbe a mão

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 64

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106