Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 4: MOCIDADE E MORTE

Página 66

Qual era o teu direito a ver o mundo

Teu jus à existência?

Olha no Outono o ulmeiro

Que o vendaval agita,

E cujas ténues folhas

Aos centos precipita.

São a folha do ulmeiro o nome e a fama,

E o amar dos humanos:

Ao nada do que foi assim se atiram

No vórtice dos anos.

Que é a glória na Terra? Um eco frouxo,

Que somem mil ruídos.

E a voz da Terra o que é, na voz imensa

Dos orbes reunidos?

Amor!, amor terreno!... Ai, se pudesses

Compreender a amargura,

Com que te choro, ó alma transviada!

Eu, que te amei do berço, e qual doçura

Há no afecto que liga o anjo ao homem,

Rindo despiras esse corpo enfermo,

Para te unir a mim, para aspirares

O gozo celestial de amor sem termo!

Alma triste, que mesquinha

Te debruças sobre o Inferno,

Ouve o anjo, pobrezinha;

Vem ao gozo sempiterno.

<< Página Anterior

pág. 66 (Capítulo 4)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 66

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106