»
- «Assim apraza aos céus!»
- «Praz, sim. Ou morte
Honrada, ou glória igual a meus passados
Ganharei eu.»
- «A glória dum monarca,
Nem sempre armas a dão. Dinis pacífico,
Joane o justo...»
- «Assaz mo tendes dito,
Falemos, dom Aleixo, desse livro...»
VIII
E Aleixo quanto ouvira ao missionário
Breve lhe expõe: o mérito da obra,
O glorioso renome que lhe fica
De protector das letras; enfim tudo
Quanto para inflamar o ânimo ardente
Do mancebo real melhor convinha.
- «Ouvi-lo quero» disse o rei, «chamai-o
Da minha parte: prémio terá digno
Dele e de mim, se o que dizeis é certo.»
IX
O virtuoso Aleixo corre alegre
Com a resposta ao empenhado amigo
Que de tais esperanças enlevado
Por devesas e grutas, por montanhas,
Da fresca Sintra em derredor discorre,
Té que o seu protegido alfim encontra.