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Capítulo 7: CANTO SÉTIMO

Página 115

E que havia mister desse aparato

Dado a tiranos, que inimigos vivem

De inimigos cercados? Que soldados,

Que mercenárias hostes de Janízaros

Precisava um monarca lusitano

Que precedido vai por débeis canas,

Símbolo da brandura e singeleza

De bom pastor de povos? - Santas eras!

Se pudésseis voltar, dias ditosos.

VI

Alto o dia, horas oito: já nos átrios

Girava do palácio a vária turba

Que a audiência do rei, ou do valido,

- Quantos do mais escuro sevandija

Que tais mansões infesta! - ali aguardam

Acovardados uns, esperançosos

Outros se amostram. Pretendente humilde

Tímido se conchega a pobre capa,

Porque não toque as rugedoras sedas

Do cortesão soberbo. Altivo o grande

Com gesto protector ali corteja

O artífice coitado, que nem ousa

Recordar-se das dívidas antigas

De tamanho senhor, tão dado e lhano,

Que tal honra lhe faz.

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pág. 115 (Capítulo 7)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 115

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161