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Capítulo 10: CANTO DÉCIMO

Página 166

IX

Já se movem as naus; e as altas pontes

Se ouriçam de belígeras falanges.

Redobra o pranto - âncora sobe, antenas

Se expandem... Lá te vás, e para sempre!

Nas pandas asas dos traidores ventos,

Independência, liberdade e glória.

X

- «Que me resta j’agora?» os olhos longos

Para a frota que perde no horizonte,

Consigo o vate diz «O que me resta

Sobre a terra dos vivos? Um amigo,

Um amigo, neste árido deserto

Da vida me falece. Um bordão único

A que me arrime na escabrosa senda,

Me não ficou. O número está cheio

De meus dias, contados por desgraças,

Marcados, um por um, na pedra negra

De fado negro e mau. Posso eu acaso

Nos corações contar dos homens todos

Uma só pulsação que por mim seja?

Posso dizer...» - Gemido, que ouve perto,

O

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pág. 166 (Capítulo 10)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 166

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161