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Capítulo 2: CANTO SEGUNDO

Página 29
queres pleitear ainda

Na igualdade terrível do sepulcro?

Desengano da morte, és tu acaso

Outro sonho dos míseros viventes?

Quem desenganas tu? - Viram de longe,

Caminho do mosteiro, os viajantes

Enfiar a porta máxima do templo

Ordem longa de tochas, baço lume,

Clarão triste de mortos. Sons perdidos

Do psalmear monótono lhes trouxe

A gemedora viração da noite;

E o ar pelos ouvidos lh’estremece

Com o dobrar das campas desentoadas.

II

Ruim agouro! Um saimento fúnebre

Ao regressar à pátria! Não se pôde

Conter do involuntário pensamento

O português viajante. Mal conhece

A intrepidez dos bravos esse louco

Terror do vulgo que estremece à vista

Dum gélido cadáver: costumados

A ver a face pálida da morte,

As agonias roxas, e o transido

Suor do passamento, - não se movem

Seus músculos tão fácil.

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pág. 29 (Capítulo 2)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 29

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161