- «Piloto!» gritam; e a um sinal de bordo
Do alteroso galeão, dum salto pula,
- Qual delfim namorado nas campinas
Do azul-escuro mar - o palinuro
Nos segredos do Tejo iniciado.
Rege a manobra falador apito:
- «Alá... amaina!» Eis passada a estreita boca
Por onde seus tributos d’água e d’ouro
Leva ao Oceano o rio d’Ulisseia.
Junto da torre antiga e veneranda,
- Hoje tão profanado monumento
Das glórias de Manuel - âncora desce;
E aos ingratos, inóspitos baloiços
Do longo velejar, sucede o brando
Meneio da suavíssima corrente,
Que no remanso de seguro porto
Tão doce é de sentir ao nauta exausto
Dos repelões irados de Neptuno.
IX
À monótona grita compassada
Da festiva companha se ala o esquife
Ao bordo erguido, donde desce às águas.
Alegres,