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Capítulo 16: XVI – O MORIBUNDO

Página 136
.. A lavra é lá... rio abaixo... quase uma légua abaixo de Joaquim Antônio... passando três córregos, o terceiro do lado de cá do rio... Há lá uma cruz de cedro que eu mesmo finquei... e cinco pedras grandes em cruz... e...

Não pôde dizer mais... Estas últimas palavras mesmo eram ditas com voz tão sumida, que Elias precisava quase encostar o ouvido à boca do moribundo para poder ouvi-las. De novo estalou os olhos, inteiriçou-se na cama, e exalou um suspiro convulsivo: era o derradeiro.

Elias cerrou-lhe os olhos, e, ajoelhando-se ao pé do mísero leito com piedoso recolhimento, rezou pela alma do finado. Depois deu ao céu fervorosas graças pelo inestimável e quase miraculoso benefício que acabava de fazer-lhe por intermédio de um velho e miserável camarada.

Fechou cuidadosamente as portas e janelas da casa, montou a cavalo e partiu a galope para o Comércio da Cachoeira a dar ordens para que se fizesse um enterro decente a seu fiel e infeliz camarada.

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pág. 136 (Capítulo 16)

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Capa do livro O Garimpeiro
Páginas: 147
Página atual: 136

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I- A FAZENDA 1
II- A CAVALHADA 9
III- NA ROÇA 22
IV- O GARIMPO 35
V- O BAIANO 47
VI- A RECUSA 53
VII- O SACRIFÍCIO 59
VIII – ELIAS 64
IX – ALÉM DA QUEDA, O COICE 71
X – A AFRONTA 78
XI – DE MAL A PIOR 86
XII – MOEDEIRO FALSO 92
XIII – OS VIZINHOS 99
XIV – A LAVADEIRA 106
XV – ABNEGAÇÃO 119
XVI – O MORIBUNDO 128
XVII – A GRINALDA E O TÚMULO 137