Lúcia e Elias, portanto, já raras vezes se viam. Estava mais que claro que tudo aquilo era manobra do Major, que por certo já suspeitava a existência de sua recíproca afeição. Elias compreendeu que era tempo... de quê? de pedir Lúcia em casamento... não por certo. Na posição precária e quase desvalida em que se achava, não se abalançaria a dar semelhante passo; só podia esperar um não redondo, categórico e humilhante. Era tempo de dizer adeus a Lúcia, ao amor, à felicidade, e também à última esperança que lhe restava n’alma.
A persuasão de Elias ainda mais se confirmou, quando um dia o Major, com o tom mais benévolo e paternal do mundo lhe disse:
- Meu amigo, creia que lhe quero bem, e sinceramente desejo o seu adiantamento. Um moço como o senhor, que teve estudos, e tem tantas habilitações, não deve estar-se perdendo em uma roça, onde as suas prendas e habilidades de nada lhe podem servir. Em qualquer povoação que se estabeleça, pode com facilidade ganhar dinheiro e posição, ao passo que aqui, na roça, falo com franqueza de amigo, está perdendo completamente o seu tempo. De minha parte, qualquer que seja o lugar para onde deseje ir, pode contar sempre com o meu pequeno empréstimo naquilo em que lhe puder ser útil... e...
- Tem razão, Sr. Major- interrompeu vivamente Elias; V.