Entretanto as legiões aproximam-se, e numerosos correios dão a saber ao mesmo tempo, aos nossos e ao inimigo, que o general em chefe está ali, com as suas forças preparadas. A esta notícia, os nossos, certos do apoio das coortes, batem-se encarniçadamente, com medo de partilhar com as legiões, se andarem demasiado lentamente, a glória da vitória. Os inimigos perdem coragem e procuram fugir por caminhos opostos. Em vão: os obstáculos em que tinham querido aprisionar os Romanos voltam-se contra eles próprios. Vencidos, postos em desordem, tendo perdido uma grande parte dos seus, fogem entretanto em desordem e ao acaso, uns para os bosques, outros para o rio; mas são ardorosamente perseguidos na sua fuga pelos nossos e massacrados. Contudo Corréus, que nenhuma infelicidade abatera, não pôde abandonar a luta e alcançar os bosques, nem ser levado a render-se pelos nossos que a talo convidam; mas combatendo com a maior coragem e ferindo entre nós grande número, forçou os vencedores, exaltados pela cólera, a abaterem-no com os seus dardos.
XX - Terminado o assunto desta sorte, César, chegando ao campo de batalha, pensou que o inimigo, acabrunhado por tal desastre, assim que soubesse da notícia abandonaria o seu campo que, dizia-se, não ficava senão a oito mil passos quando muito do local da carnificina; assim, ainda que visse o caminho barrado pelo rio, faz no entanto com que o seu exército o transponha e marcha em frente. Os Belóvacos e os outros Estados foram instruídos da derrota pelo pequeno número de feridos que escaparam favorecidos pelas florestas; conhecem toda a extensão do desastre, da morte de Corréus, da perda da cavalaria e dos mais bravos infantes; e pensando na aproximação dos Romanos, convocam imediatamente a assembleia ao som das trombetas e proclamam que é preciso enviar a César deputados e reféns.