- Não estás a ouvir palavra do que te estou a dizer, Jim - observou Sibyl - e eu estou aqui a traçar os mais belos planos para o teu futuro. Diz alguma coisa.
- Que queres que te diga?
- Oh! Que hás-de ser um bom rapaz e que não te esquecerás de nós - respondeu ela, sorrindo-lhe.
Ele encolheu os ombros.
- É mais fácil esqueceres-te tu de mim do que eu de ti, Sibyl.
Ela corou.
- Que queres dizer, Jim?
- Ouvi dizer que tens um novo amigo. Quem é? Porque me não falaste dele? Não anda com boas intenções.
- Cala-te, Jim! Não digas nada contra ele. Amo-o.
- Ora, tu nem sequer sabes como ele se chama. Quem é? Tenho direito a sabê-lo.
- Chama-se Príncipe Encantador. Não gostas do nome? Oh! que tolo! Nunca o deves esquecer. Se o visses, achá-la-ias o ente mais maravilhoso do mundo. Hás-de encontrá-lo um dia: quando regressares da Austrália. Hás-de gostar muito dele. Todos gostam dele e eu... amo-o. Quem dera que pudesses vir hoje ao teatro! Ele vai lá e eu vou fazer de Julieta. Oh! Como hei-de interpretá-la! Imagina, Jim, estar enamorada e fazer o papel de Julieta! Tê-lo ali sentado! Representar para seu gozo! Receio assustar o público, assustá-lo ou arrebatá-lo. Estar uma pessoa enamorada é exceder-se. O coitado do Sr. Isaacs há-de gritar que sou um génio a todos os fregueses do tasca.