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Capítulo 6: Capítulo 6

Página 103
Apresentou-me como um dogma; hoje há-de anunciar-me como uma revelação. Sinto-o. É tudo obra dele, só dele, do Príncipe Encantador, do meu maravilhoso namorado, do meu deus. Mas eu sou pobre ao lado dele. Pobre? Isso que importa? Quando a pobreza rasteja à porta, voa o amor pela janela dentro. É preciso refundir os nossos provérbios. Foram feitos no Inverno, e agora é Verão; para mim parece-me Primavera, uma verdadeira dança de flores no céu azul.

- É um homem da alta - disse, sombriamente, o rapaz.

- Um Príncipe! - exclamou ela, musicalmente. - Que mais queres?

- Ele quer escravizar-te.

- Faz-me tremer a ideia de ser livre.

- Quero que te acauteles dele.

- Vê-lo é adorá-lo, conhecê-lo é nele confiar.

- Sibyl, andas doida por ele!

Ela riu-se e travou-lhe do braço.

- Meu querido Jim, falas como se tivesses cem anos. Um dia também tu te hás-de enamorar. Então saberás o que é. Não estejas assim aborrecido. Devias antes ficar contente por pensares que, partindo, me deixas mais feliz do que nunca. A vida tem sido para nós penosa e difícil. Mas vai ser diferente agora. Tu vais para um mundo novo, e eu já descobri um. Aqui estão duas cadeiras; sentemo-nos e vejamos passar a gente chie.

Sentaram-se no meio da multidão que se entretinha a ver os que passavam.

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pág. 103 (Capítulo 6)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 103

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313