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Capítulo 9: Capítulo 9

Página 151

- Então, fui eu quem matou a Sibyl Vane - disse Dorian Gray, a meia voz -, fui eu quem a matou, tão certo como se lhe houvesse cortado o pescoço com uma faca. Contudo, as rosas continuam a ser encantadoras, os pássaros do meu jardim não cessaram os seus gorjeios e à noite eu vou jantar com você, depois iremos à Ópera e cear algures, talvez... Como a vida é extraordinariamente dramática! Se tivesse lido tudo isso num livro, Henry, talvez tivesse chorado. Como, porém, isso aconteceu na realidade, e comigo mesmo, parece espantoso demais para provocar lágrimas. Eis a primeira carta de amor, verdadeiramente apaixonada, que escrevi em toda a minha vida. É estranho que a minha primeira carta de amor seja dirigida a uma morta. Porventura sentem esses entes brancos e mudos a que nós chamamos mortos? Sibyl! Pode ela sentir, saber ou escutar? Oh, Henry, como eu a amava! Parece-me que tudo isso já lá vai há muitos anos! Era tudo para mim. Depois veio aquela terrível noite - há, realmente, só uma noite que isso foi? - em que ela representou tão mal, e o meu coração quase se me partia no peito. Ela explicou-me tudo. Era terrivelmente patético. Mas eu fiquei absolutamente insensível. Achava-a banal e rasteira. De súbito sucedeu alguma coisa que me fez medo.

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pág. 151 (Capítulo 9)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 151

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313