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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 17
Inconscientemente, ele define para mim as linhas duma nova escola, uma escola que há-de condensar em si toda a paixão do espírito romântico, toda a perfeição do espírito grego. A harmonia da alma e do corpo - que grande coisa isso é! Na nossa loucura, nós separámos a alma do corpo e inventámos um realismo que é vulgar, uma idealidade que é vazia. Henry! Se você soubesse o que é Dorian Gray para mim! Lembra-se daquela paisagem minha, pela qual Agnew me ofereceu uma fortuna, mas de que eu me não quis desfazer? É urna das melhores coisas que eu tenho feito. E porquê? Porque, enquanto a pintava, tinha ao meu lado Dorian Gray. Não sei que subtil influência dimanava dele para mim, e, pela primeira vez na minha vida, vi na paisagem a maravilha que eu sempre procurava e que sempre se me esquivava.

- Basil, isso é extraordinário! Preciso de ver Dorian Gray.

Hallward levantou-se e pôs-se a passear pelo jardim.

Passado algum tempo, voltou para junto do seu amigo.

- Henry - disse ele - Dorian Gray é para mim apenas um motivo de arte. Você talvez nada veja nele. Eu vejo tudo. Ele nunca está mais presente na minha obra do que quando nela não aparece a sua imagem. É uma sugestão, como eu disse, duma nova maneira. Encontro-o nas curvas de certas linhas, no encanto e nas subtilezas de certas cores. Nada mais.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 17

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313