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Capítulo 2: Capítulo 2

Página 18
- Então por que é que não expõe o retrato dele? - perguntou Lord Henry.

- Porque, sem querer, pus nele alguma expressão de toda esta curiosa idolatria artística, da qual, claro está, nunca lhe falei. Ele nada sabe a esse respeito. Nunca o saberá. Mas o mundo poderia adivinhá-lo; e eu não quero desnudar a minha alma à espionagem dos seus olhos boçais. Nunca o seu microscópio perscrutará o meu coração.

Há neste retrato demasiado da minha alma, Henry, demasiado da minha alma!

- Os poetas não são tão escrupulosos como você. Sabem a utilidade que tem uma paixão para a publicação dos seus livros. Hoje em dia um coração despedaçado garante muitas edições.

- Odeio-os por isso - exclamou Hallward. - Um artista deve criar coisas belas, mas nada deve pôr nelas da sua vida. Vivemos numa época em que os homens tratam a arte como se ela devera ser uma forma de autobiografia. Perdemos a noção abstracta de beleza. Um dia hei-de eu revelá-la ao mundo; e por essa razão é que o mundo nunca há-de ver o meu retrato de Dorian Gray.

- Parece-me que faz mal, Basil, mas não quero discutir consigo. Só os intelectualmente perdidos é que discutem. Diga-me, Dorian Gray é seu amigo?

O pintor reflectiu por alguns instantes.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 18

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313