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Capítulo 15: Capítulo 15

Página 251
Cada momento que passava era duma importância vital. Haviam sido em tempos - já lá iam cinco anos - grandes amigos, quase inseparáveis. Depois, bruscamente, essa intimidade terminou. Quando agora se encontravam na sociedade, era só Dorian que sorria: Alan Campbell nunca...

Era um rapaz extremamente inteligente, mas não manifestava apreço pelas artes plásticas, e, se sentia um pouco a beleza da poesia, devia-o exclusivamente a Dorian Gray. A sua paixão intelectual absorvente era a ciência. Em Cambridge passara a maior parte do tempo a trabalhar no laboratório e obtivera uma alta classificação em ciências naturais. Dedicava-se ainda ao estudo da química e tinha um laboratório seu, em que se encerrava o dia todo, com grande desespero de sua mãe, que sonhara para ele um lugar no Parlamento e tinha a vaga ideia de que um químico era um homem que aviava receitas. Era, porém, excelente músico, e tocava violino e piano melhor do que a maior parte dos amadores. Fora, na verdade, a música que o pusera em contacto com Dorian Gray - a música e essa indefinível atracção que Dorian parecia ter a faculdade de exercer sempre que lhe aprazia e que muitas vezes exercia até inconscientemente. Haviam-se encontrado em casa de Lady Berkshire, na noite em que lá tocou Bernstein, e depois viam-se sempre juntos na Ópera e em toda a parte onde se ouvia boa música.

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pág. 251 (Capítulo 15)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 251

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313