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Capítulo 19: Capítulo 19

Página 311

Dorian ergueu-se de repelão. Perpassou-lhe pela mente, como um relâmpago, uma esperança terrível. Aferrou-se a ela loucamente.

- Onde está o cadáver? - perguntou. - Depressa!

Preciso de o ver imediatamente.

- Está numa cavalariça vazia, no casal. Ninguém quer mortos em casa. Dizem que trazem desgraça...

- No casal! Vá para lá imediatamente e espere por mim. Diga a um dos criados que me traga já o cavalo. Não! Deixe! Vou eu mesmo às cavalariças. Poupa-se tempo.

Em menos de um quarto de hora descia Dorian Gray a toda a brida a avenida. As árvores pareciam fugir na sua frente como uma procissão espectral, e sombras desordenadas cruzavam-se-lhe no caminho. Uma vez a égua tropeçou num poste e quase o atirou ao chão. Fustigou-a no pescoço com o pingalim. A égua fendeu o ar como uma seta. As pedras saltavam-lhe debaixo dos cascos.

Finalmente chegou ao casal. Dois homens passeavam no pátio. Saltou do selim e atirou as rédeas a um deles. Na cavalariça mais distante bruxuleava uma luz. Alguma coisa parecia dizer-lhe que estava ali o cadáver. Correu para a porta e pôs a mão no ferrolho.

Hesitou um momento, sentindo que se encontrava à beira duma descoberta que salvaria ou estragaria para sempre a sua vida. Decidiu-se, enfim; empurrou a porta e entrou.

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pág. 311 (Capítulo 19)

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 311

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313