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Capítulo 20: Capítulo 20

Página 318
Só uma vez me interessou: foi quando, há anos, me disse que tinha por você uma adoração doida e que você era o motivo dominante da sua arte.

- Eu gostava muito do Basil - disse Dorian, com uma nota de tristeza na voz. - Mas não dizem por aí que ele foi assassinado?

- Oh! há jornais que o dizem. Não me parece, porém, de modo algum provável. Sei que há em Paris lugares terríveis, mas o Basil não era homem para frequentar esses antros. Não tinha curiosidade. Era esse o seu defeito capital.

- Que diria você, Henry, se eu lhe dissesse que fui eu quem matou o Basil? - perguntou Dorian, espiando o efeito que produziam as suas inesperadas palavras.

- Dir-lhe-ia, meu caro, que estava assumindo uma atitude que de maneira nenhuma se coaduna com a sua maneira de ser. Todo o crime é vulgar, precisamente como toda a vulgaridade é um crime. Não está na sua índole, Dorian, cometer um assassínio. Sinto muito se, dizendo isto, firo a sua vaidade, mas asseguro-lhe que é verdade o que lhe digo. O crime pertence exclusivamente às classes inferiores. Não as censuro de modo algum. Imagino que o crime é para elas o que para nós é a arte: simplesmente um método de obter sensações extraordinárias.

- Um método de obter sensações?

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 318

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313