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Capítulo 3: Capítulo 3

Página 33
Subitamente, atravessara-se-lhe na vida alguém que parecia haver-lhe desvendado o mistério da vida. E, todavia, que tinha que recear? Não era um colegial, não era uma menina. Era absurdo ter medo.

- Vamo-nos sentar à sombra - disse Lord Henry.

- O Parker já trouxe os refrescos, e, se o senhor se demorar mais tempo aqui, esta exuberância de luz estragá-lo-á e o Basil nunca mais o quererá pintar. Nunca se deve deixar crestar pelo sol. Ficar-lhe-ia muito mal.

- Que importa isso? - exclamou Dorian Gray, rindo, ao sentar-se num banco, no extremo do jardim.

- Importaria tudo para si, Sr. Dorian Gray.

- Porquê?

- Porque tem a mais maravilhosa mocidade, e a mocidade é a única coisa que vale a pena ter.

- Não sinto isso, Lord Henry.

- Não, não o sente agora. Um dia, quando estiver velho, enrugado e feio, quando o pensamento lhe houver riscado a testa com os seus vincos, quando a paixão lhe houver acendido nos lábios as suas chamas hediondas, há-de senti-lo, há-de senti-lo terrivelmente. Agora, para onde quer que vá, encanta o mundo. Será sempre assim?.. O Sr. Gray tem um rosto maravilhosamente belo. Não carregue as sobrancelhas. Tem, sim. E a beleza é uma forma do Génio - é, na verdade, superior ao Génio, pois que não necessita de explicação.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 33

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313