- Quero que venhas dar comigo um passeio, Sibyl.
Talvez nunca mais torne a ver esta horrorosa Londres. O que é certo é que nenhum desejo tenho de cá voltar.
- Meu filho, não digas essas coisas tremendas murmurou a mãe, apanhando com um suspiro um espaventoso traje de cena e pondo-se a remendá-lo. Sentia-se um tanto contrariada por ele não haver chegado a tempo de tomar parte no grupo de há pouco. Haveria intensificado a situação, tornando-a mais pitoresca, mais teatral.
- Porquê, mãe? Digo o que penso.
- Magoas-me, meu filho. Tenho fé em que hás-de
voltar da Austrália numa posição de destaque. Creio que não há nas colónias espécie alguma de sociedade, nada daquilo a que eu chamo sociedade; por isso, quando estiveres rico, deves regressar e instalar-te em Londres.
- A Sociedade! - murmurou o rapaz. - Não quero saber dela para nada. O que eu quero é arranjar dinheiro para a tirar a si e à Sibyl do teatro. Detesto-o.
- Oh, Jim! - disse Sibyl, rindo- que ruim! Mas sempre é verdade quereres dar um passeio comigo? Que bom! Estava com medo de que te fosses despedir dalguns amigos teus: do Tom Hardy, que te deu aquele horrendo cachimbo, ou do Ned Langton, que se diverte a ver-te fumá-lo. É uma gentileza consagrares-me a tua última tarde. Aonde iremos? Vamos ao Parque?