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Capítulo 1: Capítulo 1

Página 28

— Se acho? Por Zeus, tenho a certeza!

— Mas como, Trasímaco! — retorqui. — Não notaste que ninguém aceita exercer os outros cargos por eles mesmos, que, pelo contrário, se exige uma retribuição, porque não é ao próprio que o seu exercício aproveita, mas aos governados? Depois, responde a isto: não se diz sempre que uma arte distingue-se de outra por ter um poder diferente? E, homem bem-aventurado, não respondas contra a tua opinião, a fim de que possamos avançar!

— Mas é nisso — disse — que ela se distingue.

— E cada um de nós não procura obter um certo beneficio particular e não comum a todos, como a medicina a saúde, a pilotagem a segurança na navegação e assim por diante?

— Sem dúvida.

— E a arte do mercenário, o salário, visto que reside ai o meu próprio poder? Confundes juntamente a medicina e a pilotagem? Ou, para definir as palavras com rigor, como propuseste, se alguém recupera a saúde governando um navio, porque é vantajoso para ele navegar no mar, chamarás por isso medicina à sua arte?

— Com certeza que não — respondeu.

— Mas como! Chamarás à medicina arte do mercenário porque o médico, ao curar, ganha salário?

— Não — disse ele.

— Não reconhecemos que cada arte procura obter um beneficio particular?

— Seja — admitiu.

— Portanto, se todos os artesãos beneficiam em comum de um certa lucro, é evidente que acrescentam à sua arte um elemento comum de que tiram proveito?

— Assim parece — disse ele.

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Capa do livro A República
Páginas: 290
Página atual: 28

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 45
Capítulo 3 71
Capítulo 4 102
Capítulo 5 129
Capítulo 6 161
Capítulo 7 189
Capítulo 8 216
Capítulo 9 243
Capítulo 10 265