O Vale do Terror - Cap. 10: Capítulo 3 – Loja 341, Vale Vermissa Pág. 119 / 172

Antes de mais. pedirei ao tesoureiro que nos informe acerca do nosso saldo bancário. Devemos pensar numa pensão para a viúva de Jim Carnaway. Foi abatido ao serviço da Loja e cabe-nos evitar que ela fique numa situação precária.

- Jim foi morto no mês passado, quando tentava liquidar Charles Wilcox, de Marley Creek - explicou um vizinho a Mac Murdo.

- A situação financeira, neste momento, é boa - anunciou 0 tesoureiro, consultando a caderneta do banco, aberta na sua frente. - As firmas têm sido generosas nos últimos tempos. «Max Linder & C.º» pagou quinhentos dólares para não ser incomodada. A firma «Walker Brothers» envlou-nos cem; decidi, porém, restituí-los e pedir-lhes que nos mande quinhentos. Se não receber resposta até quarta-feira talvez os seus negócios venham a correr mal. Fomos obrigados a queimar-lhe o triturador mecânico a fim de induzi-la a ser razoável. Por outro lado, a «West Section Coaling Company» pagou a sua contribuição anual. Temos em nosso poder o bastante para fazer face a qualquer obrigação.

- E que nos diz de Archie Swindon? - perguntou um irmão.

- Vendeu tudo e abandonou a zona. O velho deixou-nos um recado em que dizia preferir ser varredor de ruas, livre, em Nova Iorque, do que proprietário de uma grande mina, sob o domínio de um bando de chantagistas. Teve sorte em desaparecer antes de o bilhete chegar às nossas mãos! Creio que nunca mais terá coragem de voltar a este vale.

Um homem idoso, bem barbeado e de aspecto cordial. ergueu-se na outra extremidade da mesa de frente para o presidente.

- Senhor Tesoureiro, permita-me que lhe pergunte quem comprou a propriedade do homem que escorraçámos da zona?

- Perfeitamente, Irmão Morris.





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