O Vale do Terror - Cap. 10: Capítulo 3 – Loja 341, Vale Vermissa Pág. 123 / 172

- Protesto contra essa decisão - objectou o irmão Morris. - Afirmo-lhes, Irmãos, que a nossa, mão se está a tomar multo pesada neste vale e que chegará o momento em que, como defesa própria, todos se reunirão para nos esmagar. James Stranger é idoso e respeitado, tanto na cidade, como em toda a zona. O seu jornal é o defensor de todas as boas causas no vale. Se esse homem for morto, haverá tal agitação neste Estado que só terminará com a nossa destruição.

- E que farão para, destruir-nos, senhor Obstáculo? - berrou Mac Ginty. - Com o auxílio da Polícia? Como o conseguirão, se metade dos agentes está a nosso soldo, e a outra metade tem medo de nós? Com a ajuda dos tribunais e dos juízes? Já experimentámos isso e que perigo nos ameaçou?

- O Juiz Lynch talvez venha a julgar o caso - objectou o Irmão Morris.

Um coro de protestos indignados acolheu essa sugestão

- Bastará que eu levante um dedo - urrou Mac Ginty. - e poderei reunir duzentos homens nesta cidade, que a varreriam de ponta a ponta.

Depois, erguendo a voz e arqueando as espessas sobrancelhas negras, acrescentou:

- Oiça, Irmão Morris: há muito que o tenho debaixo de olho. Você não tem coragem e procura tirá-la aos que a têm. Será um mau dia para si, Irmão Morris, aquele em que o seu nome figurar na ordem do dia e creio ser isso o que merece.

Morris fizera-se extremamente pálido e os joelhos parecerem-lhe ceder ao cair, sentado, na cadeira. Levantou o copo com a mão trémula e bebeu antes de poder responder.

- Peço-lhe desculpa, Venerável Chefe, bem como a todos os Irmãos desta Loja, se disse mais do que devia. Sou um membro leal e apenas receio que um desastre possa atingir a Loja. Entretanto, deposito mais fé no seu julgamento que no meu, Venerável Chefe, e prometo não voltar a ofender o sentimento dos meus Irmãos.





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