O Vale do Terror - Cap. 10: Capítulo 3 – Loja 341, Vale Vermissa Pág. 122 / 172

Havia, porém, outras qualidades necessárias, além das de boa camaradagem, para se tornar digno do título de Homem Livre. A garrafa de uísque já tinha dado muitas vezes volta à mesa: e os homens estavam com os rostos afogueados e prontos para todas as iniquidades, quando o grão-mestre se ergueu novamente.

- Rapazes - principiou, - existe certa pessoa nesta cidade que necessita de uma boa lição e cabe a vocês tomar providências a fim de que a receba. Refiro-me a James Stranger, do Herald. Já viram corno ele recomeçou a escrever contra nós?

Um murmúrio de assentimento percorreu a sala. Mac Ginty tirou do bolso do colete um recorte de jornal.

- Oiçam como ele começa o artigo.

JUSTIÇA E ORDEM!

Reino do terror na zona do carvão e ferro. Doze anos são já decorridos desde os primeiros assassínios que vieram provar a existência, entre nós, de uma associação de criminosos. A partir dessa ocasião, jamais cessaram as transgressões à lei que, agora, chegaram ao cúmulo de converter-nos no opróbrio do mundo civilizado.

É para alcançar tais resultados que a nossa grande nação acolhe, no seu seio, os estrangeiros fugidios dos despotismos da Europa? É para que eles próprios se transformem em tiranos dos cidadãos que lhes deram abrigo e se instaure um estado de terrorismo e ilegalidade, justamente à sombra da bandeira listrada e estrelada da liberdade? Os homens são conhecidos. A organização é pública e patente. Até quando iremos suportar este estado de coisas? Podemos viver constantemente... "

- Creio que já li bastante desta imundície! - vociferou o presidente, atirando o papel para cima dia mesa. - Isto é o que James Stranger diz de nós. Que devemos responder-lhe?

- Acabemos com ele! - gritaram em coro várias vozes furibundas.





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