- Sabia que você ia meter-se em complicações, Mac Murdo - principiou. - Pegue no chapéu e venha connosco.
- Creio que irá pagar caro por isso, capitão Marvin - interveio Mac Ginty. - Quem é você para irromper desta maneira pela casa alheia e importunar homens honestos e cumpridores da lei?
- O senhor nada tem a ver com este negócio, Conselheiro Mac Ginty - replicou o capitão da Polícia. Não estamos à sua procura, mas sim deste homem. Cabe-lhe ajudar e não dificultar o cumprimento do nosso dever.
- Mac Murdo é meu amigo e respondo pelo seu modo de agir - redarguiu o chefe.
- De qualquer modo, Mr. Mac Ginty, talvez o senhor qualquer dia destes tenha de responder pelo seu próprio comportamento - respondeu o capitão. - Este indivíduo era um bandido, antes de vir para cá, e ainda o é. Atenção Cabo, enquanto o desarmo.
- Eis o meu revólver - cedeu Mac Murdo friamente. - Duvido, Capitão Marvin, de que, se nos encontrássemos frente a frente, a sós, me conseguisse prender com tanta, facilidade.
- Onde está o mandado de prisão? - inquiriu Mac Ginty. - Co'os diabos! Nem parece que estamos em Vermissa, quando vemos gente como você, encarregada do serviço da Polícia. É um insulto que não passará em branco, garanto-lhe.
- Cumpra o que julga ser o seu dever como melhor lhe aprouver, Conselheiro. Nós procuraremos cumprir o nosso.
- De que sou acusado? - perguntou Mac Murdo.
- De estar envolvido no assalto ao velho jornalista Stranger, na redacção do HeraId. Tem sorte de não se tratar de acusação de homicídio.
- Ora, se isso é tudo quanto têm contra ele - gritou Mac Ginty com uma gargalhada, - podem evitar muitos aborrecimentos, deixando-o já em liberdade.