O Vale do Terror - Cap. 11: Capítulo 4 – O Vale do Terror Pág. 134 / 172

- Francamente, você é um tipo estranho - exclamou. - Pois bem, se deseja saber os motivos, eu lhos direi, Morris não fez nenhuma referência contra a Loja?

- Não.

- Nem contra: mim?

- Não.

- É possível que não tenha ousado confiar em si. De qualquer modo, ele não é um irmão fiel aos seus compromissos. Sabemo-lo bem e, por isso, o vigiamos e aguardamos o momento de lhe dar uma boa lição. Ora, creio que esse momento está muito próximo. Não há lugar para ovelhas ronhosas no nosso aprisco. Se você andar na companhia de um homem desleal, podemos supor que também o seja, não lhe parece?

- Não há probabilidades de tornar-me amigo dele porque me aborrece - redarguiu Mac Murdo. - E quanto a ser desleal, se fosse outro homem, e não o senhor, não me diria essa palavra duas vezes.

- Bom, isso é o bastante - proferiu Mac Ginty, escorropichando o copo. - Vim apenas avisá-lo a tempo. - Gostaria de saber como teve conhecimento do meu encontro com Morris - sondou Mac Murdo.

Mac Ginty riu-se.

- É meu dever manter-me informado de tudo o que sucede nesta cidade. Aconselho-o também a contar-me tudo o que souber.

Contudo, a despedida, porém, foi cortada de maneira totalmente imprevista. Com um baque súbito a porta escancarou-se e três rostos carrancudos e atentos os fitaram com olhar penetrante, sob os bonés da polícia. Mac Murdo pôs-se de pé de um salto e quase chegou a tirar a pistola, mas deteve-se ao ver duas espingardas Winchester apontadas à sua cabeça. Um homem de uniforme entrou na sala armado de revólver. Era o capitão Marvin, anteriormente de Chicago e actualmente ao serviço do Comissariado do Carvão e do Ferro. Esboçando um sorriso, abanou a cabeça para Mac Murdo.





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