Ao vê-la, logo a expressão de Mac Murdo serenou.
- Ah, é você, Ettie! Desculpe a minha reacção mas não a tinha ouvido entrar. Venha cá, minha querida…
E estendeu-lhe os braços. Contudo, a jovem vira-lhe, no rosto, sinais de culpa e de pavor.
- Que lhe aconteceu, Jack? Que se passa na sua consciência? Por que se assustou, dessa maneira com a minha entrada?
- Porque não ouvi os seus passos de fada… e estava a pensar noutra coisa...
- Não foi só isso, Jack. Trata-se, decerto, dessa carta que estava a ler. Deixe-me vê-la por favor...
- Não, Ettie, isso não é possível!
- É uma carta de outra mulher? Como posso ter a certeza de que não é casado?
- Não sou, Ettie! Você é a única mulher que existe para mim.
- Nesse caso, por que não me mostra a carta?
- Porque jurei não dar conhecimento do assunto de que se trata. São negócios da Loja que tenho de manter secretos. Assustei-me com a sua vinda, porque pensei que fosse a Polícia.
Ettie convenceu-se de que ele falava verdade e não demorou a deixá-lo beijá-la longamente. Momentos depois, começaram a conversar e Ettie referiu:
- Imagine que ontem, um dos pensionistas lhe chamou «Mac Murdo, o Vingador». Senti-me como se ele me tivesse apunhalado!
- Palavras leva-as o vento...
- Mas são verdadeiras e corre o rumor de que você é um assassino.
- Não, minha querida. Apenas tenho o direito de defender os meus Interesses...
Ela tornou a abraçá-lo e suplicou:
- Pelo amor de Deus, pelo amor que você jura ter-me, abandone essa gente. Imploro-lhe... se quiser, de joelhos!
- Não sabe o que está a pedir-me, meu amor. Não posso quebrar o juramento que fiz, perante a Ordem... Nem a Loja me deixaria partir, levando eu, comigo, os seus segredos.