Esta nota é para seu uso, particular. Telegrafe-me comunicando qual o comboio da manhã que pode apanhar para Birlstone e eu irei esperá-lo, ou mandarei alguém à estação, se estiver muito ocupado. Este caso é desconcertante. Não perca, tempo; venha imediatamente. Se puder trazer Mr. Holmes, não vacile, pois ele encontrará um enigma a seu gosto. Podia imaginar-se ter sido tudo arranjado com o fito de produzir um efeito teatral, se não houvesse um morto de permeio. Isto é um verdadeiro quebra-cabeças.
- O seu amigo parece não ser tolo - comentou Holmes.
- Nada tolo; White Mason é realmente multo esperto.
- Há mais alguma coisa?
- Apenas que nos dará todos os pormenores quando lá chegarmos.
- Como soube que Mr. Douglas foi barbaramente assassinado?
- Vem no relatório oficial incluso. Refere-se a John Douglas dizendo que os ferimentos localizados na cabeça são provenientes de um tiro de arma de fogo. Menciona também a hora a que foi dado o alarme: ontem, por volta da meia-noite, acrescentando tratar-se indiscutivelmente de crime apesar de não ter sido efectuada prisão alguma, e que o caso se reveste de um aspecto confuso, fora do vulgar. É tudo quanto sabemos até agora, Mr. Holmes.
- Então, Mac, deixaremos a coisa nesse ponto. A tentação de formar teorias prematuras sobre dados insuficientes é o mal da nossa profissão. Por ora, vejo somente duas coisas com clareza: um cérebro prodigioso em Londres e um morto em Sussex. É a conexão entre ambas que vamos procurar descobrir.