O braço direito do morto apresentava-se até à altura do cotovelo, fora da manga do roupão e exibia, no centro do antebraço, um desenho de cor castanha, um triângulo dentro de um círculo, que se salientava vivamente na pele clara.
- Não é tatuagem - afirmou o médico. - Nunca vi coisa igual. O homem foi marcado, há algum tempo, a fogo, como se costuma fazer com o gado. Qual será o significado disto?
- Confesso que não rei -respondeu Cecil Barker: - mas, há já dez anos, conheço esse sinal de Douglas.
- E eu também - acrescentou o mordomo. - Notei essa marca em diversas ocasiões quando o patrão arregaçava as mangas.
- Nesse caso, nada tem que ver com o crime - concluiu o sargento. - Contudo, é uma coisa esquisita!
O mordomo apontava para a mão espalmada do morto.
- Tiraram-lhe a aliança! -•exclamou.
- O quê?
- Sim, tenho a certeza! O patrão usava sempre a aliança no dedo mínimo da mão esquerda, Este anel, com uma pepita de ouro, estava sempre por cima dela e o outro, em forma de serpente, usava-o no dedo médio. Estão ambos aí, mas a aliança desapareceu.
- Tem razão - observou Barker.
- Você diz que a aliança estava abaixo do outro anel?
- Sempre esteve!
- Então, o assassino, quem quer que fosse, tirou primeiro O anel da pepita de ouro e, depois de retirar a aliança, voltou a colocar o anel no lugar.
- Justamente.
O digno sargento da Polícia abanou a cabeça.
- Parece-me que, quanto mais cedo conseguirmos o auxílio de Londres, tanto melhor. White Mason é um homem activo, para quem um assunto local jamais apresentou dificuldades. Não tardará em aparecer por aqui para ajudar-nos. Receio, porém, que tenhamos de recorrer a Londres, antes de chegarmos a uma solução.