O Vale do Terror - Cap. 4: Capítulo 4 – A Treva Pág. 33 / 172

- Justamente.

- «Pennsylvania Small Arm Company», É uma fábrica americana, muito conhecida - concluiu Holmes.

White Mason olhou pasmado para o meu amigo, como o médico do interior olha pare o especialista da Harley Street.

- Essa informação é preciosíssima, Mr. Holmes. O senhor conhece o nome de todos os fabricantes de armas do mundo?

Holmes desviou o assunto com um aceno de mão.

- Certamente é uma espingarda americana - continuou White Mason, - Creio ter lido que a espingarda serrada é uma arma muito usada, em certas partes da América. Pondo de ladro o nome inscrito no cano, a ideia já me tinha ocorrido. Torna-se portanto evidente que o homem que penetrou na casa para matar Mr. Douglas é um americano.

Mac Donald abanou a cabeça.

- Você está a ir longe de mais - observou. - Ainda não temos prova alguma de que qualquer estranho tenha entrado na casa.

- A janela aberta, a mancha de sangue no peitoril, o cartão incompreensível, as pegadas no canto da sala, a espingarda...

- Tudo isso podia ter sido encenado. Mr. Douglas era americano, ou viveu muito tempo na América, bem como Mr. Barker. Não temos necessidade de ir buscar um americano para justificar a presença de uma erma americana.

- O mordomo Ames...

- É pessoa de confiança?

- Dez anos ao serviço de Sir Charles Chandos. É de uma correcção absoluta. Trabalha com Douglas, há cinco anos, desde que este veio morar na herdade. Garantiu nunca ter visto uma espingarda dessa espécie, na casa.

- A arma devia estar escondida. Por essa razão foram serrados os canos. Caberia em qualquer caixa. Como pode jurar que a arma não estava em casa?

- Bem, de qualquer modo, afirma nunca a ter visto.





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