Finalmente, ao aparecer na ponte, entre dois séculos de decadência, uma obra excepcional de génio e energia, bastante grandes para fazerem da Europa uma unidade, unidade política e económica, que alcançaria por fim o domínio do mundo os alemães, com as «guerras da independência», frustraram o maravilhoso sentido que implicava para a Europa a existência de Napoleão, São responsáveis por tudo quanto se seguiu, por tudo quanto hoje está perante nós, responsáveis do absurdo mais contrário à cultura que tem existido, «o nacionalismo», essa doença, essa nevrose endémica de que sofre a Europa, esse proliferar de pequenos estados e pequena política. Arrebataram à Europa sua própria significação e sua razão de ser, empurraram-na para um beco sem saída... Será tarefa ainda possível ligar de novo os europeus?
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E para tudo dizer, por que não consignarei eu a minha suspeita? Os alemães, em relação a mim, fizeram tudo quanto puderam para que a mais formidável missão desse à luz um rato. Portaram-se até agora comigo o pior possível e duvido que no futuro façam melhor. Ah!, como me seria agradável vir a ser neste ponto mau profeta!...
Os meus naturais leitores e ouvintes são presentemente ainda russos, escandinavos e franceses - sê-lo-ão sempre mais e mais? Os alemães só estão representados na história do conhecimento por nomes equívocos,