O Vale do Terror - Cap. 9: Capítulo 2 – O Grão-Mestre Pág. 105 / 172

- Não noto a menor diferença! Co'os diabos, Mac Murdo, creio que será um irmão utilíssimo. Precisamos de pessoas activas. pois há momentos em que necessitamos de agir. Temos de reagir contra os que nos atacam.

- Creio que, na acção, serei tão bom como qualquer outro.

- Realmente, parece ter bons nervos. Nem pestanejou, quando lhe apontei o revólver.

- Não era eu quem corria perigo.

- Então quem era?

- O senhor, Conselheiro - esclareceu Mac Murdo, tirando uma pistola do bolso do casaco, onde mantivera a mão, enquanto falara. - Quando me apontou o revólver, estive sempre atento ao seu dedo indicador. Se notasse que tencionava desfechar O gatilho, o meu tiro seria, pelo menos, tão rápido como o seu...

Subitamente, Mac Ginty ficou vermelho de cólera, mas logo explodiu numa sonora gargalhada.

- Raios! Há muito que não se vê, por estas bandas, um diabo da sua estirpe! Julgo que a Loja virá a orgulhar-se de si.

Um criado abriu a porta e enfiou a cabeça.

- Que quer daqui? Não posso falar em paz com um cavalheiro durante cinco minutos?

- Perdoe-me, Conselheiro - desculpou-se o criado. - Trata-se de Mr. Baldwin. - Diz que necessita falar-lhe imediatamente.

O recado tornou-se desnecessário visto que Baldwin assomou à porta, apontando para Mac Murdo, por cima do ombro do criado.

- Com que então, você chegou primeiro, hem? Quero falar consigo, Conselheiro, a respeito desse homem - gritou Baldwin, exaltado.

- Diga-o já e na minha presença - desafiou Mac Murdo.

- Falarei quando me convier e como entender.

- Calma! - interveio Mac Ginty, levantando-se do barril. - Deixe-se de questões, Baldwin. Temos entre nós um novo irmão. Mr. Mac Murdo. Não é decente de sua parte, Baldwin, recebê-lo desta maneira.





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