O Vale do Terror - Cap. 9: Capítulo 2 – O Grão-Mestre Pág. 106 / 172

Se porventura questionaram, façam já as pazes.

- Nunca! - bradou Baldwin, fora de si.

Mac Murdo, calmamente, explicou:

- Há pouco, ofereci-me para lutar com ele, caso se sentisse ofendido, mas Mr. Baldwin recusou-se a isso, talvez porque precisasse protecção de mais alguém para defrontar-se comigo. Estou pronto a lutar desarmado, ou como, ele preferir. Agora, Conselheiro, deixo a resolução, ao seu critério, como compete a um grão-mestre.

- Que questão foi essa?

- De uma jovem... que tem o direito de escolher livremente quem lhe agrada.

- Era o que faltava! - gritou Baldwin, furioso.

- Pois acho que, entre dois irmãos da Loja, não há outra maneira de proceder. Como estão em igualdade, a jovem poderá decidir quem prefere.

- Com que então, é essa a regra?

- É essa a minha regra, Ted Baldwin. Você pretende discuti-la?

- E você põe de lado quem anda consigo, há cinco anos, para favorecer um tipo que nunca viu na sua vida? Fique, sabendo, Jack Mac Ginty, que você não é grão-mestre perpétuo. Verá que nas próximas eleições...

O conselheiro atirou-se a Baldwin, agarrando-lhe o pescoço com a mão descomunal e atirou-o de encontro a um barril. Começou a socá-lo e tê-lo-ia morto se Mac Murdo não interviesse, puxando-o para trás.

- Calma, Conselheiro.

Mac Ginty suspendeu o ataque e Baldwin, assustado e ofegante, como, se tivesse antevisto a morte, sentou-se no barril que se achava mais perto.

Também arquejante, Mac Ginty rugiu:

- Você, Baldwin, andava a precisar disto, há muito tempo. Talvez pensasse em tirar-me o cargo de grão-mestre, hem? Cabe à loja decidir, mas enquanto eu o ocupar, não permitirei que ninguém levante a voz contra mim e muito menos discuta as minhas ordens.





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