O Vale do Terror - Cap. 4: Capítulo 4 – A Treva Pág. 34 / 172

Mac Donald abanou a cabeça de escocês obstinado. - Ainda não estou convencido de que alguém tenha penetrado na casa. Peço-lhe que reflicta.

O sotaque traía cada vez mais a sua origem de Aberdeen à medida que o argumento o absorvia.

- Por que supõe que esta arma foi trazida por uma pessoa de fora? Oh! Homem, isso é inconcebível! É simples questão de bom senso. Que pensa, Mr. Holmes?

- Pois bem, exponha, o seu raciocínio, Mac - pediu Holmes, assumindo o ar austero de juiz imparcial.

- O homem, supondo que ele exista, não é um ladrão. O caso do anel e do cartão indicam crime premeditado por qualquer razão particular. Muito bem. Eis um indivíduo que penetra numa habitação com o intuito deliberado de cometer um assassínio. Sabe que terá dificuldades em arranjar maneira de escapar pois a casa está cercada de água. Que espécie de arma escolheria?

Evidentemente, a mais silenciosa do mundo, Dessa maneira, podia ter esperança de safar-se rapidamente. Isto é compreensível. Mas porque escolheu a, arma mais ruidosa que pôde encontrar, sabendo que o disparo atrairia todos os moradores da casa com todas as probabilidades de ser visto antes de atravessar o fosso? Pode conceber-se isso, Mr. Holmes?

- O seu raciocínio é convincente - replicou o meu amigo. - Claro que precisa de ser justificado. Permita-me que lhe pergunte, Mr. White Mason, se procurou, na outra margem do fosso, sinais de que o homem o tivesse escalado ao sair da água?

- Não havia sinal algum, Mr. Holmes, tanto mais que a borda do fosso é de pedra.

- Nenhum rasto ou vestígio?

- Absolutamente nenhum.

- Faz alguma objecção que nos dirijamos imediatamente para a herdade, Mr. White Mason? É possível que exista qualquer pormenor sugestivo.





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