O Principezinho - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 30 / 78

Como se encontrava na zona dos asteróides 325, 326, 327, 328, 329, e 330, começou por ir visitá-los. Queria arranjar uma ocupação e instruir-se.

No primeiro vivia um rei. O rei, vestido de púrpura e arminho, encontrava-se refastelado num trono muito simples, mas majestoso.

- Ah! Cá temos um súbdito! - exclamou o rei, mal avistou o principezinho.

E o principezinho pensou com os seus botões:

"Como é que ele pode saber quem eu sou se nunca me tinha visto?"

Ainda não tinha aprendido que, para os reis, o mundo se encontra extremamente simplificado. Todos os homens são súbditos.

- Aproxima-te, para eu te ver melhor - disse-lhe o rei, todo orgulhoso por ser finalmente rei de alguém.

O principezinho bem olhou à sua volta, à procura de um sítio para se sentar. Mas o planeta estava todo ocupado pelo magnífico manto de arminho. Portanto, ficou de pé e, como estava cansado, bocejou.

- É contra a etiqueta bocejar à frente de um rei - disse-lhe o monarca. - Proíbo-te que bocejes!

- Não consigo - respondeu o principezinho, muito atrapalhado. - Fiz uma grande viagem e ainda não dormi...

- Então - disse-lhe o rei - ordeno-te que bocejes. Há anos que não vejo ninguém bocejar. Para mim, os bocejos são autênticas raridades. Anda! Boceja outra vez! Olha que isto é uma ordem!

- Assim fico intimidado... Já não consigo... - disse, corando, o principezinho.

- Então, ordeno-te que ora bocejes, ora...





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